A ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) vai definir nesta terça-feira (4), em reunião da diretoria colegiada, o índice máximo de aumento anual para os planos de saúde individuais e familiares.
A estimativa é de reajuste entre 7% e 8%, segundo a projeção da Abramge (Associação Brasileira de Planos de Saúde), com base na metodologia de aumento adotada pela ANS, com critérios previamente definidos, utilizando dados econômico-financeiros das operadoras de saúde.
A medida vai afetar 8,7 milhões de beneficiários de planos individuais e familiares, o que representa 17% do total de consumidores de planos de assistência médica no Brasil. O setor atingiu 51.035.365 usuários em março deste ano, o maior número desde novembro de 2014.
O aumento vai valer para contratos feitos a partir de janeiro de 1999 e poderá ser aplicado pela operadora a partir da data de aniversário da contratação do plano. O percentual será válido entre maio de 2024 e abril de 2025.
No ano passado, a agência autorizou reajuste de. Em 2022, a alta foi de 15,5% nos planos de saúde individuais e familiares, o maior índice desde o início da série histórica, em 2000.
Já em 2021, pela primeira vez, a ANS definiu redução de 8,19% nos valores das mensalidades. Em 2020, os planos ficaram congelados devido à pandemia de Covid-19.
Como funciona o aumento
Segundo a ANS, o índice de reajuste dos planos individuais ou familiares é determinado pela agência, aprovado em reunião de diretoria colegiada e apreciado pelo Ministério da Fazenda.
As operadoras podem aplicar índices mais baixos, mas são proibidas de aplicar percentuais mais altos que o definido pela ANS para os planos individuais ou familiares.
Já os planos coletivos com 30 beneficiários ou mais possuem reajuste definido em contrato e estabelecido a partir da relação comercial entre a empresa contratante e a operadora, em que há espaço para negociação entre as partes.
Impacto
Em maio, a alta dos planos coletivos já impactou a prévia da inflação. Enquanto o IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15), que foi de 0,44% em maio, o maior impacto e a maior variação vieram do grupo saúde e cuidados pessoais, com 1,07%. O plano de saúde registrou alta de 0,77% no mês.
Nos últimos 12 meses, o acumulado dos convênios chega a 9,16%, enquanto a inflação geral é de 3,70%.
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Fonte: www.noticias.r7.com/prisma/ Postado em 04/06/2024 – 02H00 (ATUALIZADO EM 04/06/2024 – 02H00)