O presidente da Caixa, Carlos Vieira, afirmou que o modelo de financiamento imobiliário do Brasil precisa ser aperfeiçoado. Sem uma atualização, há risco à expansão da habitação no país, segundo, defendeu.
“Para 2024, temos fôlego, mas precisamos pensar em como continuar neste ritimo de contratação”, disse nesta terça-feira (4).
Em participação no Abrainc Summit 2024, tanto Vieira quanto a vice-presidente da Habitação da Caixa, Inês Magalhães, enumeraram caminhos defendidos pelo Banco para solucionar a questão.
Os representantes do Banco indicaram como solução, no curto prazo, a liberação dos depósitos compulsórios dos bancos.
Hoje o Banco Central exige o recolhimento compulsório de 20% sobre os recursos de depósitos de poupança.
Caso este percentual obrigatório passe a 15%, seriam destravados cerca de R$ 70 bilhões para ser utilizado em financiamento imobiliário.
Para o curto prazo, Magalhães também pediu medidas de estímulo à participação de fundos de pensão no segmento.
Já para garantir o funding no médio prazo, a demanda é pelo desenvolvimento do mercado secundário de crédito imobiliário, especialmente a partir da Empresa Gestora de Ativos (Emgea).
Em abril, foi assinada pelo presidente Lula a medida provisória do Acredita. O texto permitiu que a Emgea compre carteiras de crédito imobiliário de bancos e as venda em mercado. A ideia é dar liquidez para as instituições.
Fonte: CNN / www.contec.org.br / Publicado em 4 de junho de 2024