Desde o mês de julho de 2023, os juros do cartão de crédito estão se elevando de forma constante. Nesta última segunda-feira (28), o Banco Central divulgou a porcentagem de juros entre os meses de junho e julho deste ano.
Assim, as taxas atingiram 445,7%, uma vez que, no mês de junho, elas estavam em 437%. Com isso, a inadimplência no país chegou a 49,5% nas operações com cartão de crédito, levando em consideração o mês de julho. A soma total das dívidas chega ao valor de R$ 76 bilhões.
Com esses dados divulgados pelo Banco Central, o presidente da instituição, Roberto Campos Neto, afirmou que a opção seria extinguir o rotativo do cartão de crédito, fazendo com que fosse acionado automaticamente sobre o saldo do devedor.
Mudanças no rotativo do cartão de crédito
De acordo com Campos Neto, a fim de substituir o rotativo, o Banco Central planeja criar outras maneiras para amenizar e diminuir a inadimplência, como, por exemplo, uma taxa de 9% ao mês sobre o valor devido.
O presidente do Banco Central disse que a possível solução está sendo extinguir o rotativo e que o crédito vá direto para o parcelamento, desde que tenha uma taxa de cerca de 9% ao mês. Com a retirada do rotativo, os inadimplentes seriam direcionados para o parcelamento com essa taxa.
É importante destacar que as famílias endividadas estão na faixa de 48,3%, com uma queda de 5% em comparação ao mês de maio deste ano. Por outro lado, o comprometimento da renda aumentou expressivamente no mês de junho, ou seja, 28,3% da renda total das famílias brasileiras estão comprometidas por conta das dívidas criadas. Quando há uma diminuição no endividamento, significa que a população contratou menos empréstimos e financiamentos ou, também, pode ter acontecido um aumento na renda.
Fonte: www.folhafinanceira.com.br / Postado em 31 ago, 2023