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Dengue tipo 2 volta a circular em Goiás após 9 anos, diz secretaria

Segundo SES, dos mais de 34 mil casos da doença registrados em 2017, 81% são deste sorotipo; por conta do reaparecimento, Estado adiantou o relançamento do programa 'Goiás Contra o Aedes'.

18/10/2017

A Secretaria Estadual de Saúde (SES) divulgou, nesta quarta-feira (18), um alerta sobre a volta da circulação do sorotipo 2 da dengue em Goiás. De acordo com o órgão, dos mais de 34 mil casos da doença registrados este ano, 81% foram identificados como do tipo 2, caso mais grave do vírus, que, segundo a secretaria, não circulava no estado desde 2008.

Segundo o coordenador de ações estratégicas em dengue do órgão, Murilo do Carmo Silva, o reaparecimento do tipo do vírus proporciona um grande risco de epidemia e deve mobilizar o poder público no combate aos criadouros do Aedes aegypti, mosquito transmissor da doença.

“Os sintomas do tipo 2 são os mesmos dos demais, mas o agravamento dos infectados, na maioria dos casos, gera as hospitalizações mais graves, devido ao alto nível de virulência. A gente precisa reforçar o cuidado, eliminar a presença do mosquito em Goiás”, afirmou.

De acordo com a secretaria, 29 pessoas morreram este ano por conta da dengue, a maioria das mortes ocasionaras pelo tipo 2. Por conta do reaparecimento do sorotipo mais grave da doença, a Secretaria relançou, nesta manhã, a operação “Goias contra o Aedes”, para combater o Aedes aegypyi, mosquito transmissor da doença.

A ação, que tem parceria com o Corpo de Bombeiros, estava marcada para começar em novembro, mas foi antecipada e deve visitar imóveis em todas as regiões do estado.

“Nós tememos o aparecimento de casos mais graves da doença, por conta da aproximação do período chuvoso. Então vamos visitar estes imóveis desde já, antes da chuva, para prevenir o aparecimento de criadouros. Além disto, estamos também preparando as unidades de saúde em todo o estado para, caso haja necessidade, estejam preparadas para receber pacientes sob suspeita da doença. Nós não pretendemos abaixar a guarda de forma alguma “, destacou.

Em 2017, mais de 17 milhões de imóveis foram visitados por agentes de combate e controle de endemias e bombeiros militares. De acordo com o major Antônio Moura a operação continuará com o reforço da corporação nas visitas.

“Atuamos desde o planejamento, até na execução das visitas domiciliares. Ajudamos na logística, disponibilizando veículos para levar agentes na zona rural, nas visitas, nos municípios em que o número de agentes é insuficiente e também na conscientização. Todas as residências são visitadas, no mínimo, uma vez por mês, que é o dobro do que prevê o Ministério da Saúde”, afirmou.

Fonte: G1 GO

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