O dólar abriu em baixa nesta segunda-feira (16), depois da mais recente edição do Boletim Focus – relatório do Banco Central do Brasil (BC) que reúne projeções de economistas do mercado financeiro para os principais indicadores econômicos do país – indicar que a inflação deve cerrar o ano de 2023 dentro da meta nacional.
Em contrapartida, investidores seguem de olho em novas sinalizações sobre o rumo das taxas de juros nos Estados Unidos e monitorando os desdobramentos da guerra entre Israel e Hamas, o que pesa sobre os negócios.
Veja abaixo o dia nos mercados.
Dólar
Às 09h15, o dólar caía 0,49%, cotado a R$ 5,0635. Veja mais cotações.
Na última sexta-feira, a moeda norte-americana fechou o dia com alta de 0,78%, vendida a R$ 5,0885. Com o resultado, a moeda passou a acumular:
– queda de 1,41% na semana;
– alta de 1,23% no mês;
– recuo de 3,59% no ano.
Ibovespa
O Ibovespa, principal índice de ações da B3, começa a operar às 10h.
Na última sexta-feira, o índice fechou com queda de 1,11%, aos 115.754 pontos. Com o resultado, passou a acumular:
– alta de 1,39% na semana;
– queda de 0,70% no mês;
– alta de 5,49% no ano.
O que está mexendo com os mercados?
A semana começa com a agenda mais vazia em todo o mundo e, no Brasil, o destaque fica apenas para a divulgação de mais uma edição do Boletim Focus. Nesta semana, as expectativas dos economistas do mercado financeiro para a inflação ficaram, pela primeira vez no ano, dentro da meta do BC – que é de 3,25%, podendo oscilar entre 1,75% e 4,75%.
O relatório mostra que as projeções são de que a inflação encerre 2023 em 4,75%, depois de, na semana passado, dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelarem que o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) foi menor que o esperado em setembro, com uma alta mensal de 0,26%.
Já para 2024, a estimativa de inflação ficou estável em 3,88%. No próximo ano, a meta de inflação é de 3% e será considerada cumprida se oscilar entre 1,5% e 4,5%.
Uma inflação controlada é benéfica para a economia, entre outros motivos, porque permite que o BC reduza a Selic, taxa básica de juros. Atualmente, a taxa está em 12,75% ao ano, após dois cortes consecutivos de 0,50 ponto percentual promovidos pela instituição.
Apesar da notícia mais positiva no cenário doméstico, o exterior continua com uma maior aversão ao risco, enquanto investidores aguardam pela divulgação de novos dados econômicos e um discurso do presidente de Jerome Powell, presidente Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos), previsto para essa semana.
O mercado aguarda novas sinalizações sobre os próximos passos do Fed em relação às taxas de juros norte-americana, hoje entre 5,25% e 5,50% ao ano.
Além disso, as atenções, mais uma vez, estão voltadas à guerra entre Israel e Hamas. O conflito no Oriente Médio já chegou ao nono dia, com milhares de mortos e feridos e uma grande corrida diplomática de outros países e autoridades, que tentam evitar que a guerra escale para outros locais da região.
A principal preocupação econômica com o confronto é em relação ao petróleo, tendo em vista que a região do Oriente Médio é uma importante produtora e exportadora da commodity.
Fonte: G1 Goiás / Postado em 16/10/2023 09h04