Em função da previsão de chuvas abaixo da média até o final do ano e pela expectativa de crescimento da carga e do consumo de energia, a bandeira tarifária de energia para o mês de julho será amarela. Com a medida, as tarifas serão acrescidas em R$ 1,885 a cada 100 KW/H consumidos. Esse é o valor aprovado pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) em março deste ano.
No início deste ano, a agência aprovou a medida, quando houve redução de 37% do valor da bandeira amarela, caindo de R$ 2,989 KW/H para R$ 1,885 KW/H. De acordo com o governo, a ação foi tomada devido ao cenário hidrológico favorável, à grande oferta de energia renovável e aos alívios verificados nos preços dos combustíveis fósseis no mercado internacional.
“Esse cenário de escassez de chuvas, somado ao inverno com temperaturas superiores à média histórica do período, faz com que as termelétricas, com energia mais cara que hidrelétricas, passem a operar mais. Portanto, os fatores que acionaram a bandeira amarela foram o GSF (risco hidrológico) e o aumento do Preço de Liquidação de Diferenças (PLD), visto que atualmente não há despacho fora da ordem do mérito (GFOM) decidido pelo Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE)”, diz o governo.
Trata-se, portanto, da primeira alteração na bandeira desde abril de 2022. Ao todo, foram 26 meses com a bandeira verde. Com o sistema, o consumidor consegue fazer escolhas de consumo que contribuem para reduzir os custos de operação do sistema, reduzindo a necessidade de acionar termelétricas.
Antes das bandeiras, o repasse era feito apenas nos reajustes tarifárias anuais, de forma que o consumidor não tinha a informação de que a energia estava cara naquele momento. Com o sistema, o beneficiário tem um papel mais ativo na definição da conta de energia.
“Com o acionamento da bandeira amarela, a vigilância quanto ao uso responsável da energia elétrica é fundamental. A orientação é para utilizar a energia de forma consciente e evitar desperdícios que prejudicam o meio ambiente e afetam a sustentabilidade do setor elétrico como um todo. A economia de energia é essencial para a preservação dos recursos naturais”, recomenda o governo.
Fonte: www.noticias.r7.com / Postado em 29/06/2024 – 19H58 (ATUALIZADO EM 29/06/2024 – 19H58)