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Força-tarefa tenta identificar tipo de conjuntivite que causou surto da doença em Caldas Novas

Membros do Ministério da Saúde e órgãos locais etão colhendo dados para tentar combater proliferação, que já teve 500 casos em 10 dias; testes ficam prontos em uma semana.

23/01/2018

Aforça-tarefa do Ministério da Saúde (MS) e da Secretaria Estadual de Saúde (SES) para combater o surto de conjuntivite em Caldas Novas, no sul goiano, tenta identificar o tipo da doença que tem afetado moradores e turistas da cidade. De acordo com integrantes dos órgãos, amostras estão sendo colhidas e resultados ficam prontos em até uma semana.

O trabalho dos profissionais pretende investigar o motivo do aumento do número de casos e interromper a transmissão. O município turístico registrou 500 casos em 10 dias. De acordo com o coordenador de Vigilância Epidemiológica, José Pereira Neto, é imprescindível saber o tipo de conjuntivite para poder dar uma resposta para a sociedade.

“Ainda nós não temos dados fidedignos e essa é a razão da gente fazer essa força-tarefa de poder notificar todos esses casos e, por amostragem, a gente ter condições, com base científica, de dar uma resposta pra população de como vamos lidar com mais eficiência nesse caso”, afirmou.

A equipe que viajou à cidade é composta por quatro funcionários da Secretaria Estadual de Saúde e três do Ministério da Saúde. Eles estão se reunindo com servidores locais e definindo a forma como o trabalho deve ser desempenhado na cidade.

“O objetivo é apoiar o município na investigação do surto visando interromper a cadeia de transmissão. As principais ações do município já foram executadas. Agora, vamos intensificar as ações apoiando o município”, explicou a coordenadora estadual do Centro de Informações Estratégicas e Resposta em Vigilância em Saúde, Ana Cristina Gonçalves de Oliveira.

A Secretaria de Saúde de Caldas Novas explicou que o número de casos aumentou 30% em relação ao ano passado. Só a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) tem registrado cerca de 50 casos da doença por dia. Além dela, os turistas podem procurar outros 17 postos de saúde e o Centro Médico de Especialidades.

Transmissão

A conjuntivite dura, em média, até 15 dias. A doença é caracterizada por dor, coceira, vermelhidão e secreção nos olhos. Os tipos mais comuns são o viral, o bacteriano e o alérgico.

Segundo Ana Cristina, o Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen) forneceu material para coleta de secreção ocular. A coordenadora explicou que a Secretaria Municipal de Saúde colheu e enviou, na última semana, cinco amostras.

“O objetivo é identificar qual o tipo de bactéria. Estamos aguardando o resultado, que deve demorar de cinco a sete dias. Provavelmente, mais exames serão feitos. Por enquanto, ainda não identificamos vírus como causador”, explicou.

A grande concentração de turistas facilita a transmissão. O coordenador da Vigilância Epidemiológica de Caldas Novas, José Custódio Pereira Neto, disse que os hotéis e espaços turísticos da cidade receberam algumas orientações. “Para que tenham nas suas recepções algum álcool gel ou algum tipo de assepsia mais intensificada para a gente diminuir o impacto dessa doença”, disse.

Porém, alguns turistas reclamam de não terem sido informados sobre o surto. “Fiquei sabendo a partir de agora, né? Infelizmente, a gente já está acometido dessa enfermidade”, disse um turista.

Confira dicas para evitar o contágio:

Lave com frequência o rosto e as mãos uma vez que estas são veículos importantes para a transmissão de microrganismos patogênicos;

Evite coçar os olhos;

Aumente a frequência da troca de toalhas do banheiro ou use toalhas de papel para enxugar o rosto e as mãos;

Troque as fronhas dos travesseiros diariamente enquanto estiver com a doença;

Não compartilhe o uso de esponjas, rímel, delineadores, lápis de olho ou de qualquer outro produto de beleza.

Fonte: G1 GO

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