O IGP-M (Índice Nacional de Preços – Mercado), indicador responsável pelo reajuste de parte dos contratos de aluguel no Brasil, recuou pelo segundo mês seguido, registrando uma variação de -0,47% em março, mostram dados revelados nesta quarta-feira (27) pelo Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Fundação Getulio Vargas).
Com a variação, o índice acumula queda de -0,91% no ano e -4,26% nos últimos 12 meses. O resultado mostra que os contratos atrelados ao indicador com vencimento em abril não sofrerão reajustes.
No mês anterior, em fevereiro, o índice apresentou queda de -0,52%. Em março de 2023, o índice teve aumento de 0,05%, acumulando alta de 0,17% nos 12 meses anteriores.
O percentual acumulado do IGP-M é aquele que seria repassado às locações com aniversário de vencimento no próximo mês. Entretanto, a maioria dos contratos possui cláusulas que barram o reajuste negativo do indicador, o que deve ocasionar a manutenção do valor pago atualmente pelos inquilinos.
O inquilino deve estar atento aos indicadores de reajuste que estão no contrato de locação, porque muitas negociações passaram a usar o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), a inflação oficial do país, como indexador nos novos contratos. O indicador teve alta de 0,83% em fevereiro.
O cálculo do IGP-M leva em conta a variação de preços de bens e serviços, bem como de matérias-primas utilizadas na produção agrícola e industrial e na construção civil. Por isso, a variação é diferente daquela apresentada pela inflação oficial, que calcula os preços com base em uma cesta de bens determinada para famílias com renda de até 40 salários mínimos.
Fonte: www.noticias.r7.com / Publicado em 27/03/2024 – 08H04 (ATUALIZADO EM 27/03/2024 – 08H28)