Com mais de 72 milhões de brasileiros enfrentando dívidas, segundo dados do Serasa, o uso de cartões de crédito para quitar faturas pendentes tem se tornado prática comum.
Este crescente endividamento foi amplamente discutido após a divulgação do Mapa de Inadimplência e Renegociação de Dívidas, que apresentou um quadro preocupante do país.
A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) revelou que, apenas em agosto, 28,8% das famílias estavam com dívidas em atraso.
Além disso, as projeções indicam um aumento da inadimplência, que poderá alcançar 29,5% até dezembro. Com 85,7% de participação, o cartão de crédito é o principal fator desse cenário, levando muitos a considerar a prática de usar outro cartão para pagar dívidas.
Pagar um cartão com outro: prática controversa
Maelly Rausch, especialista da Card, observa que muitos utilizam a prática para ganhar tempo e reunir os recursos necessários. No entanto, é preciso cautela, pois os juros podem fazer a dívida se multiplicar rapidamente.
Dependendo da situação financeira, essa prática pode ser um alívio momentâneo, mas também um caminho para problemas maiores.
Especialistas alertam sobre riscos
Para evitar cair em uma espiral de dívidas, Thiago Ramos, coordenador da Serasa, aconselha sobre os perigos do uso contínuo desse método.
As altas taxas de juros dos cartões de crédito no Brasil podem transformar uma solução temporária em um problema ainda maior, levando até à negativação de nomes no Serasa.
Como funciona o pagamento?
Para pagar uma fatura com outro cartão, um simples procedimento deve ser seguido.
– Copiar a numeração do código de barras da fatura;
– Usar um dispositivo com câmera para fazer a leitura;
– Entrar no aplicativo do banco e selecionar a opção de pagamento;
– Escolher entre pagamento à vista ou parcelado, verificando as taxas.
Embora tentador, pagar um cartão de crédito com outro deve ser uma medida de último recurso. As elevadas taxas podem transformar uma solução temporária em um problema de endividamento. Recomenda-se sempre consultar alternativas antes de recorrer a essa prática.
Fonte: www.capitalist.com.br / Publicado em 18/10/2024 às 14:32
