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Qual é a melhor e mais eficiente forma para “gastar” as 24 horas de um dia de uma criança?

15/10/2018

Para responder esta pergunta, devemos considerar o fato cientificamente comprovado de que a infância e a adolescência são períodos determinantemente cruciais para o desenvolvimento do cérebro. Nestas fases da vida é que se fazem todas as conexões entre os neurônios que nos permitem raciocinar, pensar, atuar, agir e aprender com muito maior facilidade e inteligência.

Portanto, estimular e dar uma “força” para que todas estas conexões se formem da maneira mais ampla possível pode mudar a perspectiva de muitas crianças em direção a uma vida mais produtiva, saudável e ao mesmo tempo prazerosa.

Com base nestes dados e apoiado em estudos científicos, o Canadá definiu firmes diretrizes em relação à melhor divisão das 24 horas do dia para crianças de 8 a 11 anos de idade: 1 hora de atividade física; 2 horas ou menos em telas e 9 a 11 horas de sono. Estas 3 recomendações são as mais significativas e determinantes. As 10 horas restantes podem ser naturalmente gastas com as outras atividades diárias, escola, família e lazer.

Para avaliar a viabilidade prática destas 3 diretrizes, pesquisadores americanos estudaram a rotina de 4520 crianças de 8 a 11 anos em 20 diferentes localidades nos Estados Unidos.

Os resultados foram decepcionantes: apenas 5% das crianças cumpriram os 3 critérios: 1 hora de exercício, 9-11 horas de sono e menos de 2 horas de tela.

O tempo médio que as crianças americanas passaram na frente das telas foi de 3,6 horas por dia, acima das 2 horas, no máximo, preconizadas. Apenas 18% das crianças entrevistadas fizeram pelo menos 1 hora de atividade física por dia e só 51% – um pouco mais que a metade- dormiu de 9 a 11 horas por noite.

Um dos dados mais relevantes deste estudo, porém, foi que as análises demonstraram que crianças que passaram mais de 2 horas por dia na frente de uma tela tiveram comprometimento do desenvolvimento cognitivo em áreas como linguagem, memória e atenção. Isso significa que as telas em excesso podem, sim, deixar as crianças com menor capacidade intelectual.

Vale pensar. As telas fazem parte da vida de todos nós. Impossível retroceder no tempo. Mas nos cabe saber usa-las com inteligência e, mais que tudo, dar o exemplo e ensinar nossas crianças a não serem dominadas pelos eletrônicos. Por incrível que ainda possa parecer: dormir, exercitar-se e se divertir com amigos e com a própria imaginação criativa ainda é a melhor forma de ser feliz e mais inteligente.

Fonte: G1

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