Principal motivação para 84% dos brasileiros que buscam uma nova colocação no mercado de trabalho, o salário também é visto por sete de cada dez (71%) profissionais como o elemento mais importante de seus empregos atuais. Apesar da relevância para os funcionários, 37,6% dos empregadores não planejam aumentar salários no próximo ano, além do dissídio.
Isso é o que mostra o estudo Remuneração para 2024, realizado pela consultoria de recursos humanos Michael Page. Nele, a maioria das empresas afirma que vai reajustar os salários em 2024 com um acréscimo de 6%, nível próximo ao da inflação estimada para 2023.
A pesquisa ouviu 6.647 profissionais e 3.844 empresas, para entender as perspectivas do mercado de trabalho.
Embora o salário seja o principal motivo, o estudo mostra que a remuneração não é o único fator que influencia na hora de trocar de emprego. Para 82% dos entrevistados, a semana de quatro dias úteis aumentaria o bem-estar e a felicidade, e 61% das empresas acreditam que a medida elevaria a produtividade.
Por outro lado, 40% dos escritórios admitem planejar algum ajuste ou adaptação para o ano que vem, seja para reduzir, reformar, expandir, seja para mudar de localização. Questionados sobre o desempenho em relação ao ambiente de trabalho, 46% dos candidatos se consideram mais produtivos em casa, mas 42% das empresas não monitoram a produtividade do remoto.
Alex Araujo, presidente da 4Life Prime Saúde Ocupacional, explica que a flexibilidade está diretamente ligada à saúde mental e ao bem-estar do colaborador. Ele ressalta, ainda, que a maioria das demissões ocorre por causa da produtividade.
“Não podemos falar de métricas sem falar do esgotamento mental. Um colaborador que sofre de doenças como ansiedade, depressão e estresse tende a ter um turnover [termo em inglês para rotatividade] muito menor em relação aos outros”, diz Araujo.
Fonte: www.noticias.r7.com / Publicado em 03/10/2023 – 02H00 (ATUALIZADO EM 03/10/2023 – 10H08)