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Unicamp desenvolve prótese de crânio mais barata do que a importada e vira referência no Brasil

Trabalho é uma parceria da estadual de Campinas e chamou atenção da Anvisa.

11/12/2017

Um trabalho realizado em parceria com a Unicamp, em Campinas (SP), resultou na criação da primeira prótese de crânio nacional. Referência na área, o Hospital de Clínicas (HC) realizou 12 cirurgias do tipo nos últimos cinco anos e o desenvolvimento da tecnologia, que custa 3% se comparada a uma prótese importada, chamou a atenção da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), que trabalha para regulamentar o processo até 2020.

Uma prótese customizada é fabricada ao custo de R$ 20 mil com a tecnologia nacional, enquanto a importada pode chegar a R$ 650 mil.

“Você pode chegar a pagar de US$ 150 mil a US$ 200 mil (cerca de R$ 650 mil) uma importada”, afirma Rubens Maciel Filho, coordenador do Instituto Nacional de Biofabricação (Biofabris).

A prótese no crânio utilizada nas cirurgias experimentais do HC usa a tecnologia criada pelo Instituto Biofabris, ligado ao Ministério de Ciência e Tecnologia. Com imagens da tomografia e um programa em 3D, é criado um modelo virtual de prótese, fabricado posteriormente com uma impressora 3D.

Mais do que a vantagem financeira, Filho destaca os benefícios para os pacientes. “A prótese já é no tamanho e formato adequados, inclusive com os pontos de fixação. Minimiza muito o tempo de cirurgia e riscos de operação também.”

Como não há regulamentação para a fabricação das próteses no Brasil, o trabalho desenvolvido no Instituto Biofabris em parceria com a Unicamp virou referência. O instituto está realizando um curso de capacitação teórica e prática para técnicos da Anvisa que, no futuro, vão criar as leis para regulamentar o processo em solo nacional.

Aplicações

Depois de retirar um tumor no cérebro, dona Cleonice Ferreira da Silva ficou com um “buraco” na cabeça. Precisou passar por seis cirurgias e conta com a prótese nacional.
“O médico falou para mim que eu sou a única mulher no Brasil a ter 10% de crânio. O resto é tudo prótese.”

O instalador de ar-condicionado Vinícius Celestino da Silva quebrou parte da lateral do crânio após um acidente de trabalho. A prótese melhorou a qualidade de vida. “Melhorou minhas dores de cabeça, minha autoestima e meu equilíbrio na minha fisioterapia.”

Fonte: g1.globo.com

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