25/07/2019
O consumo abusivo de álcool entre as mulheres aumentou de 7,7% para 11% nos últimos 13 anos, uma variação maior do que a registrada entre os homens no mesmo período. Os dados são da Pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), de 2018, divulgada nesta quinta-feira (25).
Apesar de o aumento maior ter sido registrado entre as mulheres, os homens são ainda o grupo com maior incidência do consumo excessivo de álcool. Em 2018, 26% deles disseram que fizeram uso abusivo de bebidas, contra 24,8% em 2006.
A pesquisa considera como uso abusivo de álcool a ingestão de quatro ou mais doses entre as mulheres e cinco ou mais doses de bebidas alcoólicas entre os homens, em uma mesma ocasião, nos últimos 30 dias.
Mortes decorrentes do álcool
O Ministério da Saúde afirma que 1,45% do total de mortes que aconteceram entre os anos 2000 e 2017 estão “totalmente atribuídos à ingestão abusiva de bebidas”. Ele cita, por exemplo, a doença hepática alcoólica como um dos exemplos de consequências do abuso da substância que podem ser mortais.
“Quando verificado o número de mortes entre os sexos, os homens morrem aproximadamente nove vezes mais do que as mulheres por causas totalmente atribuídas ao álcool”, diz a pesquisa, ressaltando que essa análise exclui as mortes violentas decorrentes do abuso de álcool.
Consumo entre jovens e adultos
O levantamento do Ministério da Saúde identificou que entre os homens, o uso abusivo se concentra na faixa etária de 25 a 34 anos, onde mais de um terço (34,2%) dos participantes afirmaram terem consumi bebidas em excesso.
Já entre as mulheres, a maior incidência (18%) está nas mais jovens, entre 18 e 24 anos.
Entre a população com mais de 65 anos, 7,2% dos homens e 2% das mulheres se enquadram nessa situação.
Sobre a pesquisa
A Vigitel é realizada anualmente pelo Ministério da Saúde por meio de entrevistas telefônicas. A edição de 2018 foi elaborada com base em 52.395 entrevistas feitas por telefone entre fevereiro e dezembro do ano passado, feitas com pessoas com mais de 18 anos nas 26 capitais brasileiras e no Distrito Federal.
Fonte: G1