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Vacina do Sarampo: esclareça suas dúvidas

Dra. Ana Escobar fala sobre importância da vacinação infantil

23/07/2018

Em virtude do aumento do número de casos de sarampo no Brasil, especialmente na região Norte do país, todos estão com dúvidas em relação à vacina contra essa doença. Vamos esclarecer as mais frequentes.

– Há mais de um tipo de vacina que protege contra o sarampo?

Sim. Há 2 tipos de vacina: a tríplice viral (SCR) que protege contra sarampo, caxumba e rubéola e a tetra viral (SCRV), que protege contra estas três mais a catapora ou varicela. As duas vacinas (tríplice ou tetra) são igualmente eficazes contra o sarampo, garantindo uma proteção próxima de 98%.

– Estão disponíveis na rede pública?

Sim. Estas vacinas fazem parte do calendário de imunizações.

– A partir de qual idade a vacina contra o sarampo pode ser administrada?

A partir de 1 ano de idade. A primeira dose, portanto, deve ser dada com 1 ano de idade. Depois, é necessária uma dose de reforço, que pode ser feita partir de 15 meses, idealmente até os 5 anos de idade.

– Como proteger os bebês?

Os bebês nascem com anticorpos, vindos da mãe, contra o sarampo. Por isso, estão ‘protegidos’ e não precisam da vacina. Em casos excepcionais, com a orientação do Programa Nacional de Imunização, os bebês com mais de 6 meses tem indicação para receber a vacina. Não é o caso no momento.

– Adultos, adolescentes e crianças maiores que 5 anos devem receber a vacina?

Sim, crianças, adolescentes e adultos até 29 anos devem receber as 2 doses que são necessárias para garantir a proteção (vejam nas carteirinhas). Quem não sabe ou não se lembra se tomou, deve tomar as 2 doses, com intervalo de pelo menos 1 mês entre as duas. Quem tomou as duas doses quando pequeno, não precisa tomar de novo.

– E os adultos com mais de 30 anos?

Os adultos com idade entre 30 e 50 anos que não sabem se tiveram sarampo ou se tomaram a vacina quando pequenos, podem tomar apenas 1 dose.

– E os adultos com mais de 50 anos?

Não precisam receber a vacina, pois se considera que já estão imunes.

– Quem não pode receber a vacina?

Há 2 contraindicações mais importantes: gestantes e pessoas que tenham quaisquer tipos de imunossupressão. Quem está com febre ou com um quadro infeccioso agudo, convém esperar melhorar para receber a vacina.

– Quais os efeitos colaterais da vacina?

Esta vacina pode dar, até uns 14 dias após a aplicação, um quadro de febre, mal estar e podem surgir pintinhas vermelhas pelo corpo. É um quadro benigno, que evolui espontaneamente para melhora. É uma vacina bastante segura.

Vacinem-se. Essa é, de longe, a melhor forma de proteção que podemos ter contra muitas doenças.

Fonte: G1

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