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IBGE afirma que 22,3% dos jovens brasileiros não estudam nem trabalham

Um estudo do IBGE apontou que mais de 22% dos jovens brasileiros encontram-se sem estudo e sem trabalho formal.

Uma pesquisa divulgada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) afirma que 22,3% dos jovens brasileiros encontram-se sem estudo e sem trabalho. Isso representa um total de 10,9 milhões de jovens com idades entre 15 a 29 anos que enfrentam a desocupação de ambas as frentes.

Os dados foram divulgados pelo IBGE na última quarta-feira (6), e ainda de acordo com o levantamento, isso atinge principalmente mulheres pretas ou pardas. Neste caso, o grupo é composto por 4,7 milhões no último ano. Já os homens pretos ou pardos sem estudo e sem trabalho, totalizam 2,7 milhões. Na sequência, a pesquisa a desocupação de mulheres brancas (2,2 milhões) e homens brancos (1,2 milhão).

Todos esses dados integram a Síntese de Indicadores Sociais. A publicação é responsável por analisar as estatísticas de fontes como a PNAD Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua), também produzida pelo IBGE.

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Os estudos classificam o jovem que não trabalham e nem estudam como nem-nem, e esse é um dos indicativos utilizados para entender o comportamento ativo da população brasileiro. No entanto, o IBGE evitar o termo visto que uma parte desse grupo pode exercer atividades não remuneradas dentro ou fora de casa, sem estar necessariamente ocupada com algum emprego.

Ausência de estudo e trabalho afeta os mais pobres

Ainda de acordo com o IBGE, quanto menor o rendimento domiciliar, maior é a parcela de jovens que não estudam nem estão ocupados. No ano de 2022, 49,3% dos jovens dos domicílios 10% mais pobres estavam nessa condição, ou seja, um em cada dois. Já no início da série histórica, em 2012, o percentual era menor, de 41,9%

Dos 10,9 milhões que estavam nessa situação, um total de 61,2% era considerada pobre pelos critérios estabelecidos pela pesquisa. O critério utilizado foi a renda diária. Nesse caso, os cidadãos considerados pobres viviam com uma quantia de menos de US$ 6,85 por dia em PPC (paridade do poder de compra).

Já a extrema pobreza atingia 14,8% desse grupo, ou seja, aqueles que viviam com menos de US$ 2,15 por dia, também em PPC. “Essa queda em 2022 está muito atrelada à recuperação do mercado de trabalho. O percentual de jovens ocupados cresce, enquanto o de jovens que não estudam e não estão ocupados cai. Quando há uma crise, os jovens são os primeiros a serem dispensados. Agora, nessa retomada, eles têm conseguido voltar aos poucos ao mercado de trabalho”, disse uma das analistas da síntese do IBGE, Denise Guichard Freire.

Fonte: www.canalconsultapublica.com.br / 07/12/2023 09:45

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