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Mercado de seguros contra fraudes bancárias cresce com aumento de golpes no Pix

O avanço da popularização das transações instantâneas, impulsionadas pelo surgimento do Pix, trouxe consigo uma crescente onda de movimentações bancárias suspeitas e indevidas, resultando em prejuízos financeiros significativos para os usuários. Uma pesquisa realizada pela empresa de cibersegurança Silverguard revela que cada vítima de golpes virtuais já enfrentou perdas médias de R$ 3 mil.

O que está por vir: Alterações no Pix em 2024 e programa “Celular Seguro” se aproximando de 11 mil aparelhos bloqueados.

Em resposta a essa realidade, surge um mercado de proteção ao consumidor, onde bancos e seguradoras passam a oferecer coberturas contra danos causados por transferências fraudulentas. Os valores cobrados por esses seguros variam de R$ 2,90 a R$ 32,90 por mês, dependendo do tipo de cobertura e do montante segurado, sendo definidos no momento da aquisição, independentemente do número de transações indevidas.

Carlos Eduardo Silva, membro da Comissão de Afinidades da Federação Nacional de Seguros Gerais (FenSeg), destaca: “A vantagem de contratar um seguro para transações é a possibilidade de devolver o equilíbrio financeiro dos clientes que foram lesados.”

A venda do Seguro Pix cresceu notavelmente no banco Inter desde seu lançamento em janeiro de 2023, indicando uma demanda crescente por proteção financeira. Além da cobertura para transações bancárias, o seguro também abrange prejuízos causados por operações não autorizadas em cartões de crédito ou débito, especialmente em casos de roubo, furto ou coação física. A necessidade de registrar um boletim de ocorrência é destacada como requisito para acionar o seguro, cuja indenização é limitada às transações ocorridas até 48 horas após a primeira transação indevida.

Mecanismo de Devolução: Os clientes também têm a opção de recorrer ao Mecanismo Especial de Devolução (MED), uma ferramenta criada pelo Banco Central para agilizar as devoluções às vítimas de golpes, sendo obrigatória para todas as instituições que oferecem o Pix.

Instituições financeiras apresentam diferentes modalidades de seguro contra transações fraudulentas:

Santander: Cobertura exclusiva para transações feitas sob coação, com indenizações de até R$ 50 mil. Mensalidades variam de R$ 6,50 a R$ 32,04.

Inter: Proteção contra transações irregulares em caso de roubo, furto ou coação, com mensalidades de R$ 3,50 a R$ 8.

Itaú: Cobertura para transações indevidas via Pix, TED, conta corrente, digital, boletos ou poupança, com mensalidades a partir de R$ 2,90.

Nubank: Proteção contra transações digitais fraudulentas como parte do seguro de celular, com reembolso de até R$ 30 mil para clientes Nubank Ultravioleta.

C6 Bank: Seguro abrangente para conta-corrente e cartão, com mensalidades de R$ 4 a R$ 20.

Banco do Brasil: Seguro de itens pessoais com cobertura de até R$ 3 mil, incluindo transações financeiras sob coação, por R$ 9,90 mensais.

Dicas de segurança:

Evitar compartilhar dados sensíveis.
Atualizar senhas regularmente.
Manter sistemas operacionais e antivírus atualizados.
Desconfiar de solicitações de informações pessoais fora do contexto.
Utilizar o aplicativo Celular Seguro para bloqueio temporário em casos de furto ou roubo.
Diante desse cenário, a contratação desses seguros se torna uma alternativa para os consumidores, embora o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) ressalte que as instituições financeiras continuam sendo responsáveis pelas operações fraudulentas, independente da contratação do seguro. É fundamental que os consumidores leiam atentamente os contratos, entendendo as condições para o ressarcimento do prejuízo.

Fonte: www.mixvale.com.br / Publicado em 29 de janeiro de 2024

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