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Petrobras: ações desabam mais de 10% com “golpe” em tese de dividendos

Na véspera, antes da divulgação do dividendo, ADR já tinha caído forte no after market com rumores sobre proventos

A sessão desta sexta-feira (8) é bastante negativa para a Petrobras (PETR3;PETR4) após a companhia anunciar apenas o pagamento de dividendos regulares, sem a divulgação dos proventos extraordinários. Às 10h18 (horário de Brasília), os ativos ON desabavam 11,54%, a R$ 36,50, enquanto os papéis PN tinham derrocada de 11,27%, a R$ 35,84.

O movimento já dava indicações no início da manhã: às 7h15 (horário de Brasília) desta sexta, os ADRs (American Depositary Receipts, ou ações negociadas na Bolsa de Nova York) PBR (equivalentes ao PETR3) caíam 10,72%, a US$ 14,91, no pré-market da NYSE, enquanto os PBR-A (equivalentes ao PETR4) tinham baixa de 9,54%, a US$ 14,80. Com isso, o dia também começou com baixa para o EWZ iShares MSCI Brazil, ETF que representa os recibos de ADRs das ações de empresas listadas na bolsa de NY.

Na véspera, os papéis da Petrobras já haviam caído cerca de 9% no after-market da NYSE em meio aos rumores (depois confirmados) de não pagamento de dividendos extraordinários.

A Petrobras informou que seu conselho de administração autorizou o encaminhamento à Assembleia Geral Ordinária (AGO), prevista para 25 de abril de 2024, da proposta de distribuição de dividendos equivalentes a R$ 14,2 bilhões, segundo fato relevante, sendo o valor estabelecido pela política de remuneração e sem pagamentos extraordinários.

Analistas destacaram que o anúncio do dividendo de R$ 14,2 bilhões decepcionou fortemente os investidores.

Conforme aponta o JPMorgan, a expectativa era de que houvesse pagamento de dividendos extraordinários de aproximadamente US$ 2,5-4,0 bilhões, além dos US$ 3,4 bilhões de dividendos mínimos, sendo que “alguns esperavam ainda mais”.

Contudo, a Petrobras não anunciou os dividendos extraordinários e, em vez disso, o conselho optou por direcionar US$ 9,0 bilhões (cerca de R$ 43,9 bilhões) na criação de uma reserva de Remuneração de Capital.

“Esta decisão é um grande golpe para o pilar da tese de retorno ao acionista na Petrobras. Por exemplo, em 2024, estimamos dividendos mínimos para entregar um rendimento de cerca de 8,1%, o que não é suficiente para fazer com que a história fique atraente em nossa opinião”, avaliou.

“Acreditamos que a surpresa negativa relacionada ao não pagamento de dividendos extraordinários torna o ‘carry’ da Petrobras menos atraente, aumentando a incerteza sobre pagamentos futuros e alocação de capital, devendo ofuscar os resultados operacionais em linha”, afirmaram analistas do Safra.

Fonte: www.infomoney.com.br / publicado em 08/03/2024 10h20

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