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Ricos alteram seus investimentos para CDB, LCA e LCI e desistem da poupança

O ano de 2022 foi marcado por uma expressiva retração na popularidade da caderneta de poupança no cenário econômico brasileiro. Conhecida por sua segurança e simplicidade, a poupança viu-se em um recorde negativo, chamando a atenção para as transformações nos hábitos de investimento dos brasileiros.

Dados divulgados pelo Banco Central revelam que, ao longo do ano passado, a poupança sofreu uma retirada líquida de R$ 103,23 bilhões, quase dobrando o recorde anterior de R$ 53,56 bilhões, registrado em 2015.

Esse fenômeno foi impulsionado por um ambiente de juros elevados e inflação persistente, que comprimiram a renda nacional e motivaram investidores a buscar alternativas mais rentáveis.

Quem liderou os saques e para onde foi o dinheiro?

De acordo com um estudo, os saques foram predominantemente realizados por investidores de maior renda econômica, representando 16% dos investidores analisados. Esse grupo redirecionou cerca de R$ 116 bilhões para outros ativos financeiros, correspondendo a 52% do total retirado da poupança.

Esses montantes foram principalmente alocados em Certificados de Depósito Bancário (CDBs), Recebíveis de Certificados de Depósito Bancário (RDBs), Letras de Crédito Imobiliário (LCIs) e Letras de Crédito do Agronegócio (LCAs).

Existem alternativas mais lucrativas que a poupança?

A migração significativa de recursos da poupança para outras opções de investimento destaca uma tendência de diversificação na carteira dos investidores brasileiros. Alternativas como CDBs e LCIs oferecem melhor rentabilidade em um cenário de juros altos, mantendo a segurança característica do investimento em poupança por meio do Fundo Garantidor de Créditos (FGC).

Além disso, CDBs oferecem flexibilidade de prazos e taxas, geralmente superiores às da poupança, enquanto LCIs e LCAs são isentas de imposto de renda para pessoas físicas, melhorando sua eficiência tributária.

Ailton de Aquino Santos, diretor de fiscalização do Banco Central, sugere que a tendência de transição dos investimentos em poupança para outras modalidades mais rentáveis deve se intensificar com a maior adoção do sistema de Open Finance, facilitando ainda mais o acesso a produtos financeiros variados.

Fonte: www.colunafinanceira.com.br / Publicado em 6 MAIO, 2024

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